O embaixador dos EUA em Harare foi convocado na sequência dos comentários de uma autoridade norte-americana acusando o país de lucrar com os protestos contra a violência policial e o racismo nos Estados Unidos.
O conselheiro de segurança nacional do presidente dos EUA, Donald Trump, Robert O’Brien apelidou no domingo a China, Rússia, Irão e Zimbabwe de “adversários estrangeiros” depois de criticar o caso de George Floyd, que morreu sufocado por um polícia norte-americano.
Segundo um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Zimbabwe, James Manzou, Harare indignou-se com os comentários e convocou o embaixador americano para manifestar a sua indignação.
“O Zimbabwe não se considera como um adversário da América“, escreveu no Twitter o secretário de informações do governo zimbabweano, Nick Mangwana.
De referir que várias personalidades do Zimbábue, incluindo o atual presidente Emmerson Mnangagwa, estão sob sanções americanas há quase vinte anos em resposta à repressão sangrenta infligida aos opositores.
Os dois países mantêm relações muito tensas desde o governo do ex-presidente Robert Mugabe, e mesmo após a chegada do novo presidente, Mnangagwa.