Esta quarta-feira vários órgãos de comunicação social norte-americanos garantem que o presidente Trump já decidiu retirar os EUA do Acordo de Paris sobre o clima.
Reagindo às notícias, Donald Trump limitou-se a informar através da sua conta Twitter que iria a anunciar a sua decisão sobre o Acordo de Paris “dentro dos próximos dias”, sem contudo desmentir a notícias veiculadas.
Confirmando-se as informações, os EUA retiram-se do tratado assinado em Paris por 195 países durante a COP21 em 2015, cujo objetivo é limitar o aquecimento global climático a 1,5 graus até 2050.
Durante a campanha eleitoral Donald Trump qualificara o Acordo de Paris, assinado por Barack Obama, de “mau”, alinhando assim com a sua posição em 2012, quando afirmou que “o conceito de aquecimento climático foi criado para e pelos chineses para tornarem a indústria americana não-competitiva”.
Em declarações aos jornalistas, o vice-presidente da Comissão Europeia afirmou que “Se eles [EUA] decidirem sair, seria decepcionante, mas eu realmente não acho que isso altere o curso da humanidade”, disse, citado pela agência de notícias da Reuters.
“Há uma expectativa muito mais forte dos nossos parceiros em todo o mundo, da África, Ásia e China, que a Europa deve assumir liderança neste esforço e estamos prontos para fazer isso”, acrescentou o responsável.
Nos Estados Unidos, Ed Markey, senador democrata, tweetou: “Tirar o #ParisAgreement é uma enorme falha moral, económica e de liderança para a administração Trump”.
Os EUA retirando-se do Acordo de Paris, vão fazer parte do restrito grupo de dois países que não assinou o Acordo. A Síria, devido à guerra civil, e a Nicarágua que protestou contra as poucas obrigações legais do tratado.