Os assassinatos de um polícia e de um agricultor chocaram a opinião pública deste país, que experimenta altas temperaturas e uma recuperação nos contágios de Covid–19
Santiago – Amanheceu 2021 e a temperatura do verão austral continua a aumentar, juntamente com os brutais incêndios florestais e os contágios de Covid–19, que se mostraram exponenciais devido às denominadas “festas clandestinas”, onde os jovens não guardam as medidas de biossegurança elementares.
Mas é na Região de Araucânia que as tensões atingiram níveis preocupantes após o assassinato de um oficial da Polícia de Investigação no âmbito de uma operação antidrogas, além da morte de um agricultor, a quem lhe tiraram a vida com um disparo no rosto.
“O sub–inspetor Luis Morales, à época de seu falecimento, tinha 34 anos e estava a menos de um mês para completar nove anos de serviço. Solteiro e oriundo de Santiago, trabalhava desde 2015 na região de Tarapacá, onde fazia parte da área Antinarcóticos e Crime Organizado e integrava a Equipa de Reação Tática, ERTA”, pode ler-se na página oficial da instituição.
Na operação antidrogas, planeada com oito meses de antecedência, intervieram 860 funcionários, que foram recebidos com tiros de alto calibre.
Por sua vez, Orwal Casanova, de 70 anos, foi baleado no rosto quando se encontrava nas proximidades da sua fazenda no setor rural de Selva Oscura. Familiares e amigos de Casanova velaram os seus restos mortais e depois levaram-no até ao carro funerário, ao som da Canção Nacional.
“Vamos investigar o que aconteceu até as últimas consequências, mas o que tem que ficar muito claro é que é inadmissível que existam zonas do país onde o Estado não pode entrar”, disse o ministro do Interior, Rodrigo Delgado.
Fernando Peñalver