O Perú está em situação de emergência após a contaminação de dois rios da bacia amazónica, o rio Chiriaco e o rio Morona, devido à rutura de um oleoduto que atravessa a região nordeste do país.
A contaminação levou ao corte do abastecimento de água às populações desta região. O Ministério da Saúde declarou já o estado de emergência devido à falta de água potável em cinco distritos e há pelo menos oito aldeias indígenas sob ameaça.
De acordo com a empresa estatal Petroperu, proprietária do oleoduto, registaram-se duas ruturas, uma em janeiro e outra no início de fevereiro. Segundo o presidente da Petroperu, Velasquez, a primeira ruptura parece ter sido causada por um deslizamento de terras. A causa da segunda rutura não foi ainda apurada.
A empresa afirmou ainda que vai levar “algum tempo” até que a situação normalize, pois os trabalhos de reparação do oleoduto têm sido prejudicados pela chuva torrencial que impede a consolidação das paredes do mesmo.
A agência ambiental do Perú, (OEFA) disse que o oleoduto da Petroperu precisava de manutenção e reparos. “É importante notar que os derrames não são casos isolados. Emergências similares surgiram como resultado de deficiências estruturais em algumas secções do oleoduto”, disse o órgão ambiental em comunicado.