Na Venezuela lusodescendentes com dificuldades para votar nas eleições Europeias

Nos dias 25 e 26 de maio, aconteceram as eleições para o Parlamento Europeu. Milhares de cidadãos portugueses espalhados pelo mundo estão aptos a votar, mas em locais como a Venezuela, essa poderá ser uma tarefa difícil, tendo em vista a distância entre as cidades e a falta de informação em meio ao cenário caótico no qual está mergulhado o país sob o regime de Nicolas Maduro.

Segundo denúncias de lusovenezuelanos, “muitos cidadãos portugueses que vivem na Venezuela não podem votar”, por motivos como um possível “cancelamento involuntário do recenseamento eleitoral” nas cidades venezuelanas de Barcelona (capital do estado de Anzoátegui) e na Ilha de Margarita.

“É uma verdadeira tragédia. Agora nas eleições europeias, muitos cidadãos portugueses não podem votar. Nessas duas cidades, por exemplo, apenas renovaram o Cartão de Cidadão das pessoas e cancelaram o registo. Os consulados portugueses na Venezuela não estão a fazer o recenseamento da comunidade lusitana radicada no país”, conta uma fonte lusovenezuelana.

 

Preocupação com as “legislativas”

Membros do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) disseram desconhecer a situação em torno da impossibilidade de voto na Venezuela. Contudo, ressaltaram que, se existe esse problema, o cenário será ainda pior nas eleições legislativas.

“Não recebemos qualquer informação sobre isso, sequer sabemos se está havendo ou não essa dificuldade de recenseamento na Venezuela. Mas é preciso apurar, pois, além das eleições europeias, teremos eleições legislativas e é preciso que as pessoas possam votar”, mencionou fonte do CCP, que sugeriu que o que pode estar a acontecer é que “muitos lusovenezuelanos poderão não votar em virtude de estarem distantes das mesas de voto no país, o que dificulta o deslocamento dessas pessoas às estações de voto, ainda mais num momento de crise social e humanitária pela qual passa a Venezuela”.

De acordo com dados da CNE, na Venezuela existem hoje nove locais de votação, numa “ampla cobertura” do território daquele país.

Houve mesas de votos nos Consulados Honorários de Barcelona, Barquisimeto, Los Teques, Maracay, Mérida, Porlamar (Ilha de Margarita) e San Cristóbal, além dos Consulados Gerais de Caracas e Valência.

Nesses locais, a votação, no dia 25, decorre das 8h às 19 horas (hora local), já no dia seguinte, 26, acontece das 8h às 15h (horário local).

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