A União Europeia (UE) condenou esta segunda-feira o “desproporcionado” uso da força pelos agentes de segurança venezuelanas nas eleições de domingo e adiantou que “A Comissão Europeia expressa sérias dúvidas se o resultado da eleição poderá ser reconhecido”, disse a porta-voz, Mina Andreeva, manifestando preocupação sobre o “destino da democracia” na Venezuela.
Em comunicado, o Presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, disse que a instituição “não reconhecerá esta eleição” da Assembleia Constituinte, criticando a natureza “antidemocrática” do Governo de Caracas.
Entretanto, o ministério português dos Negócios Estrangeiros já emitiu um comunicado sobre a situação na Venezuela, dizendo que se “revê na declaração desta manhã do Serviço Europeu de Ação Externa da UE”.
Os Estados Unidos anunciaram que a Administração Trump está a estudar novas sanções contra a Venezuela, que podem vir a ser anunciadas já esta segunda-feira. Espanha, Argentina, Brasil, Colômbia e México, declaram que não vão reconhecer os resultados desta votação.
Pelo menos dez pessoas morreram, na sequência de confrontos, durante a jornada eleitoral, indicou o Ministério Público venezuelano. A oposição a Nicolas Maduro anunciou a morte de 15 manifestantes.
A convocatória para a eleição foi feita a 01 de maio pelo Presidente, Nicolás Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.
A oposição venezuelana acusa Nicolás Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.