O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, anunciou na noite desta terça-feira a ativação do plano militar contra “Golpe de Estado”, designado “Plano Zamora”, um plano que mobiliza as forças armadas, polícia e civis contra um suposto “Golpe de Estado”. A decisão de Maduro acontece na véspera da “mãe de todas as manifestações” agendada para esta quarta-feira em Caracas pela oposição.
Também na terça-feira, Nicolas Maduro anunciou que foi detido um dos líderes de um suposto “complot militar” contra o seu governo, cujo golpe estaria a ser chefiado pelo presidente do Parlamento, Júlio Borges. Na mesma ocasião Maduro anunciou também que foi desmantelado um “comando da oposição” que pretendia agir contra a manifestação convocada pela oposição.
A Mesa da Unidade, que agrupa várias forças da oposição, pretende organizar esta quarta-feira, 19 de abril, a “mãe de todas as manifestações” contra Nicolas Maduro, que prevê uma marcha até à Defensoria do Povo em Caracas, apontado como um reduto chavista.
Os protestos anteriores terminaram em violentos confrontos entre as forças polícia e manifestantes, que causaram a morte de cinco pessoas, dezenas de feridos, e mais de 200 manifestantes detidos.
A data de 19 de abril tem uma forte carga simbólica política para a Venezuela, tendo neste dia, em 1810, iniciado em Caracas uma revolta militar e civil contra a presença colonial espanhola no país que resultou numa revolução que foi levada a cabo sem derramamento de sangue.