O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, denunciou que o partido no poder está a tentar “fechar” a Assembleia Nacional (AN), depois de as forças de segurança terem bloqueado o acesso ao palácio legislativo na terça-feira e impedido que os deputados se reunissem.
“Estão a tentar encerra o Parlamento Nacional, o único órgão legítimo reconhecido pelo mundo”, denunciou Juan Guaidó, reconhecido pelo governo de Washington e por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela.
“Hoje o Palácio Legislativo Federal foi ocupado militarmente, eles terão força bruta, mas não convencerão (…), terão que perseguir, assediar, levantar imunidades”, acrescentou.
Os deputados da maioria da oposição denunciaram que agentes do serviço de inteligência (Sebin) “tomaram” na terça-feira a sede da Assembleia Nacional com a “desculpa” de que havia explosivos no edifício.
Simultaneamente, a polícia bloqueou o acesso ao edifício, que é guardado pela Guarda Nacional militarizada.
A medida impediu a realização de um debate convocado para repudiar a acusação de deputados pelo seu apoio a uma revolta militar fracassada contra o presidente Nicolás Maduro, em 30 de abril.
Numa sala contígua ao hemiciclo de sessões, a Assembleia Constituinte decidiu na terça-feira à tarde suspender a imunidade de dois congressistas. No total, o Supremo Tribunal ordenou a acusação de 14 deputados.
“Amanhã vamos realizar uma reunião novamente, vamos nos reunir novamente e o regime decidirá se continua com uma espécie de harakiri (suicídio) político”, indicou Guaidó.