O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, disse no sábado que o governo do presidente Nicolás Maduro terminará em 2019, depois de garantir que a oposição continuará nas ruas, dias após as últimas conversas na Noruega, que terminaram sem acordos.
Guaidó insistiu em manter todas as opções na mesa em resposta à crise económica e humanitária que afeta o país sul-americano e que originou a migração de milhões de venezuelanos e afetou países vizinhos.
“Isso não começou em 2019, mas terminará em 2019. O regime decidirá se sai a bem ou a mal (…) 20 anos foram suficientes”, disse Guaidó, citado pela Reuters à margem de uma declaração da Assembleia Nacional, sem mencionar Maduro diretamente.
“Chegou a hora de lançar o resto porque não há soluções mágicas”, acrescentou o presidente do Congresso, em uma cerimónia com seus seguidores no estado de Barinas, no oeste do país, terra natal do falecido presidente Hugo Chávez.
O Ministério da Comunicação não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.
A Noruega, mediadora entre os enviados do governo e a oposição da Venezuela, disse na semana que havia “disposição” para encontrar uma solução para a atual crise política, após uma segunda ronda de conversas.
Guaidó, em janeiro, invocou artigos da Constituição para proclamar-se presidente interino e considerar o presidente venezuelano ilegítimo.
A crise política intensificou-se em 30 de abril, quando Guaidó, com o apoio de alguns militares, oposição e manifestantes, convocou as forças armadas a rejeitarem Maduro, sem sucesso.