O Presidente Interino da Venezuela, o deputado Juan Guaidó, assegurou nesta terça-feira, 15 de dezembro, que “Nicolás Maduro foi o coveiro da Quinta República”. Este dia marcou os 21 anos da Constituição Política que rege o país latino-americano.
“Creio que não há comparação mais trágica neste aniversário do que o naufrágio de Guiria, onde 21 venezuelanos se afogaram no mar, desesperados, fugindo da miséria de uma ditadura e vítimas de Trinidad e Tobago, que as maltratou ao não garantir-lhes refúgio “, disse o líder das forças democráticas.
“Se o povo se opõe, há que escutar. Não negar a realidade que nos bate na cara”, expressou o deputado Guaidó em sessão da Assembleia Nacional, legislatura que expira a 05 de janeiro de 2021 e que deve ser substituída por uns deputados provenientes das eleições de 06 de dezembro deste ano, questionadas pela comunidade internacional.
A Assembleia Nacional aprovou três dias de luto nacional pelo trágico naufrágio ocorrido a 06 de dezembro nas águas do mar do Caribe, a cerca de 800 quilómetros a leste de Caracas. “O que não se pode pedir a esta Assembleia Nacional e a este povo é que se rendam. Para quem veste a camisa do Ché (Guevara) ou ouve as musiquinhas de Silvio (Rodríguez), atenção, não se pode relativizar a dor do povo da Venezuela”, afirmou Guaidó.
O governo de Nicolás Maduro manifestou através do Ministério do Interior e da Segurança que “estão a ser investigadas as circunstâncias do naufrágio em Guiria”, e não declarou qualquer tipo de medida calamitosa, no marco de uma tragédia que comoveu o povo venezuelano.
Fernando Peñalver