O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou na quarta-feira que 2020 será um ano de eleições no país. O anúncio foi feito no Panteão Nacional, por altura do ato comemorativo do 199º aniversário da Batalha de Carabobo e do Dia do Exército Bolivariano.
“Na Venezuela, quem decide, quem coloca, quem remove é o povo soberano da Venezuela, através do seu voto, mais ninguém, não é Donald Trump, não é Joe Biden, não é um grupo de golpistas“, enfatizou o presidente.
O calendário eleitoral inclui a eleição popular e democrática da Assembleia Nacional e, em seguida, “chegará o ano de 2021, no qual iremos votar novamente para renovar os governadores”, acrescentou Maduro.
O governante também lembrou que “em 2022, em 10 de janeiro, abrirá o período para quem quiser recolher as assinaturas para convocar um referendo de revogação contra o Presidente Maduro, ter a liberdade de sair às ruas e pedir assinaturas ao povo”.
“Se as pessoas recolherem assinaturas suficientes, conforme exigido pela Constituição, para um referendo de revogação, iremos a um referendo de revogação para nos avaliar nas urnas e serão as pessoas que decidirão”, esclareceu.
Maduro sublinhou também que “a única maneira de sair daqui é que as pessoas decidam com o seu voto se eu saio ou não. Eu respeitarei, democraticamente, o que as pessoas decidirem, quando decidirem, no momento“.
Em relação às eleições, o líder venezuelano apontou que “são as batalhas desta época, são as batalhas políticas, morais e constitucionais, ao lado da batalha económica contra as sanções criminais, a guerra criminal, ao lado das batalhas educativas, culturais para a formação do povo, para os novos valores de meninos, meninas, jovens. São as batalhas que hoje nos tocam no espírito imortal dos libertadores e dos libertadores”, acrescentou.