O Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos investigará a morte do opositor venezuelano Fernando Albán no contexto do relatório do Conselho de Direitos Humanos sobre os abusos cometidos naquele país.
A informação foi confirmada esta terça-feira em conferência de imprensa. Ravina Samadasani, porta-voz do Gabinete, explicou que a morte do vereador detido, Fernando Albán, será uma das questões que incluirá a investigação das violações de direitos humanos que a entidade realizará.
Recorde-se que Fernando Alban, de 56 anos, foi um dos presos pelo ataque de drones que o presidente Nicolás Maduro sofreu em 2 de agosto. Albán foi detido e levado para a sede do serviço de inteligência (SEBIN).
O ministro venezuelano do Interior, Nestor Reverol, declarou no Twitter, foi citado pela Reuters, que Alban estava a para ser levado para o tribunal, aguardando numa “sala de espera” quando saltou do prédio.
A versão do partido de oposição a que pertencia o político, Primero Justicia, culpou o governo de Maduro pela morte de Alban. “Com muita dor e sede de justiça, devemos dizer aos venezuelanos que o vereador Fernando Alban foi assassinado pelo regime de Nicolás Maduro.”
O governo nega ter presos políticos e diz que todos os detidos estão justamente presos.