A Venezuela superou na quinta-feira o seu segundo apagão num mês, que paralisou o país desde segunda-feira, enquanto o líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por cerca de 60 nações, recebeu uma sanção que alegadamente o impedirá durante 15 anos de aspirar a exercer cargos políticos.
A medida de inabilitação política de Juan Guaidó foi anunciada por Elvis Amoroso, que advertiu de uma multa em dinheiro contra o político, sem especificar a quantia nem a partir de que data esta pena começa a decorrer.
Amoroso anunciou numa declaração transmitida pela televisão estatal que se “presume” que Guaidó “ocultou ou falseou” dados da sua declaração de património e, por sua vez, recebeu dinheiro de órgãos nacionais e internacionais sem justificação.
O governante também revelou que o adversário de Nicolás Maduro realizou, desde 2015, mais de 90 viagens ao estrangeiro, com custos superiores a 310 milhões de bolívares (94.096 dólares) sem esclarecer como pode pagar tais despesas, e manteve-se fora da Venezuela 248 dias desde que ganhou um assento como deputado.
Entretanto, Guaidó desvalorizou a decisão observando que Amoroso, ilegitimamente ocupa o cargo de controlador desde que foi nomeado pela Assembleia Constituinte e não pelo Parlamento como indicado na Constituição.
O composto de países americanos e europeus que procuram ajudar a resolver a crise da Venezuela, o Grupo Internacional de Contacto (GIC) condenou a inabilitação durante a reunião realizada na quinta-feira, em Quito, onde construíram propostas de observância eleitoral e um calendário para possíveis eleições na Venezuela.