Em nome da União Europeia (UE), o Alto Representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, reiterou esta quarta-feira, 6 de janeiro, o seu apoio a Juan Guaidó e aos representantes da legítima Assembleia Nacional. No entanto, Borrell parou de se referir ao político como presidente interino.
“A UE manterá o seu compromisso com todos os atores políticos e da sociedade civil que lutam pelo retorno da democracia à Venezuela, incluindo em particular Juan Guaidó e outros representantes da Assembleia Nacional cessante eleita em 2015, que foi a última expressão livre dos venezuelanos num processo eleitoral”, disse Borrell em comunicado.
A UE também ratificou o seu desconhecimento dos resultados das eleições legislativas de 6 de dezembro por não ter sido um processo eleitoral “credível, inclusivo ou transparente”.
“A falta de pluralismo político e a forma como as eleições foram planeadas e realizadas, incluindo a desqualificação de líderes da oposição, não permitem que a UE reconheça este processo eleitoral como credível, inclusivo ou transparente, nem permitem que o seu resultado seja considerado representante da vontade democrática do povo venezuelano. A UE lamenta profundamente que a Assembleia Nacional tenha assumido o seu mandato em 5 de janeiro com base nestas eleições não democráticas”, refere a nota.
No comunicado, a UE assegurou que “a Venezuela necessita urgentemente de uma solução política para acabar com o atual impasse por meio de um processo inclusivo de diálogo e negociação que leve a processos credíveis, inclusivos e democráticos, incluindo eleições locais, presidenciais e legislativas”.
“A União Europeia reiterou com firmeza a obrigação de garantir plenamente o respeito e a proteção dos direitos humanos na Venezuela e estará especialmente atenta a qualquer ato de repressão, especialmente contra membros da oposição”, acrescentou.
Por último, o organismo instou as autoridades venezuelanas e os líderes políticos a iniciar um processo de transição liderado pela Venezuela, a fim de encontrar uma solução pacífica, inclusiva e sustentável para a crise política.
“A UE está pronta para apoiar este processo. Também está disposta a tomar medidas específicas adicionais”, concluiu a agência.