A diretora e fundadora da organização afegã de mulheres jornalistas “Rukshana Media”, Zahra Joya, informou nesta terça-feira, 03 de maio, que “a chegada dos talibãs ao Afeganistão levou ao encerramento de 500 meios de comunicação social e à demissão de 100 jornalistas”.
A declaração foi feita à imprensa à margem da cerimónia da entrega do prémio “Liberdade de Expressão 2022” com que Zahra Joya foi distinguida. No evento realizado em Valência, na Espanha, foi mencionado o alto risco que correm as jornalistas que vivem no Afeganistão, uma vez que os talibãs proíbem as mulheres de fazer muitas coisas.
A presidente do sindicato, Noa de la Torre, disse que a “Rukshana Media” foi criada em memória de “uma jovem afegã apedrejada até a morte acusada de adultério”. Trata-se de uma organização que visa “contar histórias sobre as mulheres afegãs a partir de uma perspetiva de género”.
Durante a ofensiva talibã em 2021, lembrou, “os jornalistas da ‘Rukhshana Media’ tiveram que deixar o país devido ao alto risco que corriam”. As afirmações foram feitas por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.