O Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou a cessação de funções do enviado especial dos EUA para o Afeganistão, Zalmay Khalilzad.
A informação oficialmente divulgada é de que Khalilzad vai deixar o cargo esta semana, tendo ocupado o mesmo durante mais de três anos, entre os governos Trump e Biden.
O visado tem sido muito criticado pela caótica retirada norte-americana do país asiático e por por não pressionar os talibãs nas negociações de paz iniciadas na altura em que Donald Trump era Presidente. No entanto, o secretário de Estado, Antony Blinken, elogiou os seus esforços nesta segunda-feira, 18 de outubro.
“Estendo a minha gratidão pelas suas décadas de serviço ao povo norte-americano”, declarou.
Zalmay Khalilzad tinha planeado inicialmente que iria abandonar o cargo em maio, depois de o atual Presidente dos EUA, Joe Biden, ter anunciado que a retirada dos EUA seria concluída antes do 20.º aniversário dos ataques do 11 de setembro. Entretanto, acabou por aceitar um pedido para que ficasse.
Quem passará a ocupar o cargo será Thomas West, vice de Khalilzad, depois de ter liderado a delegação dos EUA à última ronda de negociações em Doha.
EUA recusam participar nas negociações em Moscovo
Os EUA anunciaram igualmente que não vão participar nas negociações internacionais sobre o Afeganistão agendadas nesta terça-feira, 19 de outubro, para Moscovo, capital russa. Nesse encontro estarão presentes representantes dos países Rússia, China e Paquistão, segundo o porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price.
“Será uma honra participar neste fórum no futuro, mas não podemos participar nesta semana”, afirmou aos jornalistas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, tem manifestado a sua preocupação em relação às ambições do Estado Islâmico no Afeganistão. Isto porque considera que toda a área do flanco sul da Rússia possa ser desestabilizada.
O país dirigido por Putin vai receber uma delegação dos talibãs em Moscovo na quarta-feira, dia 20.