Dois jornalistas afegãos, que trabalhavam numa estação de televisão local, desapareceram após terem sido detidos pelos talibãs na segunda-feira, 31 de janeiro. A informação é divulgada pela “AFP”, que refere que as vítimas foram capturadas por homens armados e mascarados fora dos escritórios do canal quando saíram para almoçar.
Essa situação já foi condenada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Amnistia Internacional. As vítimas do sucedido chamam-se Waris Hasrat e Aslam Hijab.
A fonte que divulgou estas informações pediu o anonimato, sabendo-se apenas que é um responsável da Ariana News. Já a Associação de Media afegã, um grupo recém-formado que luta pela defesa dos jornalistas, mencionou que Hasrat e Hijab foram “levados para um local desconhecido”.
Entretanto, um porta-voz talibã afirmou à “AFP” que não tinha informações sobre o desaparecimento. No entanto, ao falarem com o canal de televisão, as autoridades prometeram que seria conduzida uma “investigação adequada”.
Afeganistão é o país mais perigoso para jornalistas
De acordo com números oficiais, em 2021 foram assassinados 79 jornalistas em 29 países. O Afeganistão foi considerado o país mais perigoso para a atividade jornalística, tendo sido mortos, pelo menos, 12 jornalistas.
A organização não-governamental (ONG) Campanha Emblema de Imprensa exige justiça e que as famílias dos falecidos recebam uma indemnização adequada.