A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou publicamente para a crise humanitária no Afeganistão, que irá agravar com a chegada do inverno. Nessa altura do ano a ONU estima que cerca de 23 milhões de afegãos, número que representa mais de metade da população, vai passar fome.
De acordo com a mesma fonte, a crise alimentar no Afeganistão já é mais grave do que a vivida na Síria ou no Iémen. Este alerta já tinha sido dado pela Cruz Vermelha Internacional, que apelou à comunidade internacional para trabalhar com os Emirados Islâmicos.
Em relação ao tema em questão, o ministro afegão da Agricultura, Abdul Rahman Rashid, declarou que “a pobreza e a fome têm muitas causas. Uma é a Covid-19, que está a afetar o mundo inteiro. A segunda é a seca no Afeganistão e na região. A terceira razão é a cessação da ajuda global ao Afeganistão e o congelamento do capital e do dinheiro do Afeganistão nos bancos internacionais”.
Muitas organizações humanitárias têm auxiliado a população, de maneira a reduzir o impacto do problema. Num campo de refugiados, o Crescente Vermelho ajuda mais de 500 famílias internamente deslocadas.