Um grupo de representantes e enviados especiais da União Europeia (UE), Alemanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Noruega e Reino Unido reuniu-se esta semana em Oslo, capital norueguesa, para debater a situação no Afeganistão.
O encontro contou com a presença de representantes dos talibãs e membros da sociedade civil afegã, indica a “Lusa”. Nessa ocasião, o grupo de representantes acima referido realçou que o país vive uma “profunda crise”, além de ter frisado a importância de o Governo afegão “remover todas as condições e obstáculos à entrega de ajuda humanitária”.
É pedido aos talibãs no poder para que estes impeçam o “aumento alarmante das violações dos direitos humanos” e cumprissem o compromisso de combate ao terrorismo e ao tráfico de droga.
Foi nesta quinta-feira, 27 de janeiro, que os governos dos Estados Unidos da América e da Noruega divulgaram um documento de síntese dos encontros de Oslo, pedindo ao Governo de Cabul para “fazer mais” para “impedir o aumento alarmante de violações dos direitos humanos, incluindo detenções arbitrárias (…) desaparecimentos forçados, repressão dos ‘media’, execuções extrajudiciais, torturas e proibição de meninas e mulheres frequentarem estabelecimentos de ensino”.
Os países reiteram igualmente a importância de o Governo afegão “remover todas as condições e obstáculos à entrega de ajuda humanitária”, recordando que o país vive uma “profunda crise”, sendo urgente “aliviar o sofrimento dos afegãos em todo o país”.
No entanto, no final do documento os representantes especiais esclareceram que as suas reuniões com os talibãs em Oslo “não implicam de forma alguma qualquer sentido de reconhecimento oficial ou legitimação do Governo interino anunciado em setembro de 2021”.