O povo afegão continua a sofrer desde que os talibãs assumiram o poder do país, em agosto do ano passado. A partir dessa altura, quando ocorreu a saída das forças militares ocidentais do Afeganistão, o país sofreu severas sanções económicas norte-americanas.
Estas sanções têm levado a mais pobreza, fome e morte. Segundo as projeções do Programa Mundial de Alimentação das Nações Unidas, no próximo inverno cerca de 23 milhões de pessoas vão passar novamente graves dificuldades para ter uma alimentação apropriada.
O número representa 55% da população afegã, tratando-se do maior número registado no país até ao momento. Entre as encontra-se um milhão de crianças, com “malnutrição severa” e condições de saúde precárias que podem levar a várias doenças.
As Nações Unidas concluem que 98% do povo afegão não está a conseguir ter uma alimentação apropriada.
A maior sanção imposta pelos Estados Unidos da América no Afeganistão é a apreensão de nove mil milhões de dólares em ativos, que estão na posse da Reserva Federal dos Estados Unidos. Trata-se de um valor equivalente a metade da economia total do país asiático, correspondente a 18 meses de importações afegãs, como comida, medicamentos e outros materiais necessários à construção de infraestruturas vitais para a proteção e saúde pública.