O Tribunal Penal Internacional (TPI) informou que vai concentrar as investigações sobre o movimento talibã e sobre o Estado Islâmico (EI) no Afeganistão. O anúncio foi feito esta segunda-feira, 27 de setembro, através do novo procurador-chefe deste órgão de justiça, Karim Khan.
Segundo Khan, o TPI não pode “esperar investigações locais genuínas e eficazes” no Afeganistão depois da tomada de poder pelos talibãs. Neste âmbito, foi pedido aos magistrados para que concentrassem as investigações no movimento fundamentalista islâmico.
Isto significa que deixou de ser dada prioridade a suspeitas de crimes cometidas pelas forças norte-americanas no terreno. Recorde-se que as mesmas deixaram Cabul, capital afegã, por ordem do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden.
O procurador-chefe do TPI pediu aos magistrados que agissem “o mais rápido possível”, para que pudessem retomar as investigações que ficaram suspensas no ano passado, a pedido do anterior Governo de Cabul, que queria agir por mote próprio. Foi mencionado especificamente o ataque mortal ocorrido a 26 de agosto no aeroporto de Cabul, reivindicado pelo EI, que causou a morte de 13 militares dos EUA e de mais de 100 civis afegãos.
O TPI trata-se de um organismo que foi criado em 2002 para julgar as piores atrocidades em várias partes do mundo.