Depois de vários dias de céu azul que tem acompanhado o Ano Novo Lunar, regressou esta semana a característica poluição atmosférica ao norte da China, desencadeando o uso de máscaras e a utilização de purificadores de ar, à medida que os níveis das partículas ultrapassam em dez vezes, os níveis máximos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)
O governo chinês diz estar a tomar medidas para atenuar a neblina, limitando o consumo de carvão em Pequim em cerca de 30 por cento, e ameaçando ações legais contra as entidades locais poluentes, tais como através de cortes nas indústrias do carvão e do aço.
O agravamento da poluição atmosférica só é “bom” para um sector: os produtores de produtos antipoluição. A gama de profilaxia tem aumentado bastante ao longo dos últimos anos.
Compostos com “polygonatum, kumquat, lírio e o crisântemo” são tidos pelos fabricantes como produtos que aliviam os efeitos da exposição à poluição atmosférica. Profissionais da Medicina Tradicional Chinesa (TCM) não estão surpreendidos. No entanto, Liu Quanqing, presidente do Hospital de Pequim de TCM, disse em declarações à imprensa chinesa que a mistura de tais substâncias “não é aconselhável” e que “tomadas com muita frequência podem causar problemas de saúde”.
Mas não é apenas chás que têm eficácia duvidosa. A plataforma de comércio online da China, Taobao – equivalente à eBay ou Amazon – está cheia de produtos estranhos. Há janelas e árvores anti-fumo. Por 5.000 dolares pode-se comprar um camião montado com canhão de água anti-fumo que drena as partículas do ar. Inversamente, há também o incenso do anti-fumo, para aqueles que querem literalmente combater fumos com fumos. Para os céticos, máscaras faciais e purificadores de ar continuam a ser as escolhas preferidas, e a China tem feito progressos importantes com ambos.