O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, assinou, ontem, segunda-feira, o decreto que proclama o “estado de emergência nacional devido à violência anárquica”, após o atentado da última sexta-feira que fez 14 mortos e 67 feridos.
O atentado ocorreu no Mercado Davao, uma das principais cidades da ilha de Mindanao, da qual Duterte foi prefeito durante 22 anos. O grupo Abu Sayyaf, vinculado ao Estado Islâmico (EI), reclamou a autoria do ataque, muito embora a Polícia não descarte a possibilidade de o mesmo ter sido obra de narcotraficantes em reação à campanha que Duterte lançou contra as drogas e que já fez quase 2.500 mortos em dois meses.
Duterte assinou o documento pouco antes de partir para Laos para participar da cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), informou o secretário-executivo da presidência filipina, Salvador Medialdea, segundo o portal “Rappler”.
Com esta medida, Duterte ordena às Forças Armadas e à Polícia Nacional “a repressão de todas as formas de violência anárquica em Mindanao” e “a prevenção da sua propagação e intensificação no resto do território”, segundo o texto. A determinação “permanecerá em vigor até que seja suspensa ou retirada pelo presidente”.
O conselheiro de paz da presidência das Filipinas, Jesus Dureza, detalhou, entretanto, em comunicado que a medida “simplesmente possibilita às Forças Armadas realizar operações que normalmente só cabem à Polícia”.