A Indonésia emitiu um alerta de viagem e colocou os seus aeroportos em alerta vermelho depois de um caso raro de varíola ter sido detetado no país vizinho, Singapura. A cidade-estado é a segunda maior fonte de visitantes estrangeiros da Indonésia e também o principal destino dos indonésios que viajam para o exterior.
Singapura anunciou na semana passada que detetou o primeiro caso de varíola símia no país. Um nigeriano que visitou a pequena nação insular em 28 de abril tinha contraído o vírus depois de consumir carne de caça num casamento na Nigéria.
“Pedimos aos indonésios em Singapura que mantenham a calma e mantenham-se atualizados com as informações mais recentes através da imprensa local e do site do Ministério da Saúde de Singapura”, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Indonésia no site safetravel.id, na segunda-feira.
“As pessoas que estão a viajar ou a planear viajar para países da África Central e Ocidental devem manter uma boa higiene, evitar contato direto com animais ou cadáveres infetados e abster-se de comer carne de caça, como macacos, lagartos, crocodilos, cobras etc.”, alertou o ministério.
Os aeroportos internacionais em todo o arquipélago também foram colocados em alerta para intercetar os viajantes que potencialmente estarão contaminados com o vírus.
O aeroporto Medan’s Kualanamu International ligou o seu scanner térmico para controlar os passageiros que chegam da cidade. Passageiros com temperatura corporal acima de 38,5 graus serão examinados no aeroporto e se necessário, enviados para um hospital
O período de incubação do vírus Monkeypox é geralmente entre cinco e 21 dias. Depois disso, uma pessoa infetada começará a apresentar sintomas que incluem febre, dores de cabeça severas, aumento dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dores musculares e fraqueza, informou o Ministério da Saúde de Singapura.
Erupções cutâneas aparecerão no rosto e depois espalharão para outras partes do corpo. A erupção cutânea começará como manchas vermelhas que se desenvolverão em bolhas preenchidas com fluido transparente. O fluido claro transformar-se-á em pus e as bolhas endurecerão.
Geralmente, demora até três semanas para a erupção desaparecer. A morte acontece em menos de 10% dos casos relatados, disse o ministério.