Após semanas de bloqueio para combate à propagação do novo coronavírus, Jacarta reabriu na segunda-feira com o alívio das medidas de confinamento.
O governo de Jacarta, implementou a colocação em prática das medidas do “novo normal” que procura restaurar as atividades económicas e sociais.
Durante o período de transição, os operadores de transportes públicos são obrigados a limitar o número de passageiros a 50% da capacidade. A mesma política também se aplica aos edifícios de escritórios, para garantir que medidas físicas de distanciamento possam ser implementadas.
Os protocolos de saúde neste período de transição serão rígidos e estritamente aplicados. É necessário que haja pessoas responsáveis pelo cumprimento desses protocolos, razão pela qual o governo planeia enviar pessoal militar, além de policias e oficiais da ordem pública.
O envolvimento das forças armadas é controverso, mas também reflete o risco que o governo está a assumir ao relaxar as restrições.
Os números diários de novos casos confirmados continuam instáveis, em vez de mostrar um declínio consistente. Em 6 de junho, um novo recorde de 993 casos foi estabelecido, com a justificação do governo de que foi o resultado de um aumento nos testes.
A experiência de outros países deve ensinar à Indonésia que os preparativos são importantes. Singapura e Coreia do Sul, por exemplo, retomaram as restrições depois de os casos terem aumentado logo após a tentativa de relaxamento.
Na Indonésia, onde muitos ainda ignoram, se não negam, a propagação do vírus mortal, definitivamente enfrentará mais desafios na adaptação ao novo normal.
Após um dia, é muito cedo para prever se a nova política terá êxito ou falhará. No entanto, as próximas semanas provarão se essa decisão de alto risco trará altos ganhos à Indonésia.
Na segunda-feira, a Indonésia tinha registado 32.000 casos confirmados e mais de 1.880 mortes.