Os familiares das vítimas do acidente do jato da indonésia Lion Air atiraram flores ao mar na terça-feira, no local onde a aeronave caiu há um ano, provocando a morte de todos os 189 ocupantes a bordo, depois de um relatório final de acidente apontar falhas no projeto de aviões como um fator-chave para o desastre.
O acidente ocorrido em 29 de outubro do ano passado foi seguido meses depois por um segundo acidente – envolvendo o mesmo modelo de aeronave Boeing 737-Max – quando um avião da Ethiopian Airlines caiu com 157 pessoas a bordo, levando à recolha global de toda a frota MAX da construtora americana.
A cerimónia de terça-feira foi fechada à comunicação social, mas as imagens de vídeo disponibilizadas pelos participantes mostraram os familiares das vítimas orando e lançando flores no mar de Java, onde o avião mergulhou momentos após a descolagem de Jacarta.
Na sexta-feira, o Comité Nacional de Segurança nos Transportes da Indonésia emitiu o seu relatório final do acidente, referindo que uma falha no projeto da Boeing, formação inadequada de pilotos e mau desempenho da tripulação de voo contribuíram para o acidente mortal.
O Comité destacou problemas de design e mecânicos com o Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS) do modelo MAX, um mecanismo antiestol, que os pilotos de ambos os desastres se esforçaram para controlar enquanto os jatos se despenhavam.
A certificação do sistema pelos órgãos reguladores dos EUA era “inadequada”, referiu também o relatório.