A China estará a concluir a instalação de um radar de alta frequência, no disputado mar do Sul da China, o que, a ser verdade, constitui uma maior ameaça para o equilíbrio do poder numa das vias navegáveis mais concorridas do mundo do que a já confirmada presença de misseis terra-ar chineses, segundo um relatório do Centro Internacional de Estudos Estratégicos (CSIS).
A construção de instalações de radar no recife de Cuarteron, no Mar da China meridional, está quase completo, segundo a Iniciativa para a Transparência Marítima.
A China levantou novas dúvidas sobre as suas intenções no mar do Sul da China depois de terem sido detectados misseis terra-ar, no início deste mês, na ilha Woody, parte das ilhas Paracel e noroeste das Spratlys.
A China reclama mais de 80% do mar do Sul da China, por onde transita um terço da carga mundial de petróleo.
Washington suspeita que o objetivo do governo chinês seja limitar o acesso dos EUA ao que considera serem águas internacionais.
O comandante das forças dos EUA no Pacífico, almirante Harry Harris Jr. afirmou durante una audiência no Congresso que as construções e instalações militares de Beijing modificaram o panorama das operações no mar do Sul da China, onde a nação asiática constrói ilhas em grande escala para ampliar as suas reivindicações de soberania nacional, o que além de constituir uma ameaça para a paz e a estabilidade na região, constitui um entrave à livre navegação e ao livre comércio na zona.
Beijing recusa que a sua ação tenha como propósito lançar alguma agressão. O ministro do Exterior reafirmou o direito da China de estabelecer postos avançados nas ilhas do mar da China meridional, porque, assegura, tem soberania sobre elas.
A posição de Beijing irrita o Vietname, Filipinas, Brunei, Malásia e Taiwan, que reivindicam diferentes ilhas desta zona.