A Organização das Nações Unidas (ONU) pede aos talibãs do Afeganistão que acabem com as execuções, os apedrejamentos e os açoitamentos em público.
O pedido foi feito através de um relatório da ONU, divulgado esta segunda-feira, 08 de maio. Estes casos ocorrem desde que os talibãs regressaram ao poder, em agosto de 2021.
Nos últimos seis meses registaram-se chicotadas públicas de 274 homens, 58 mulheres e dois meninos, de acordo com um relatório da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA, na sigla em inglês).
“O castigo corporal é uma violação da Convenção contra a Tortura e deve terminar”, defendeu a chefe de direitos humanos da UNAMA, Fiona Frazer, que solicitou ainda uma moratória imediata sobre as execuções.
Em reação ao pedido, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Afeganistão declarou que as leis afegãs são determinadas consoante as regras e diretrizes islâmicas e que a grande maioria dos afegãos segue essas regras.
“No caso de um conflito entre a lei internacional de direitos humanos e a lei islâmica, o governo é obrigado a seguir a lei islâmica”, sublinhou o ministério, através de um comunicado.