A Organização das Nações Unidas (ONU) encontra-se numa situação difícil no que diz respeito a ter disponibilidade financeira para dar ajuda humanitária no Afeganistão, segundo a “Reuters”. Neste âmbito, está a tentar desenvolver opções para estabilizar a economia afegã, atualmente em colapso, mas sem grande sucesso até ao momento.
Isto acontece numa altura em que milhões de cidadãos estão a passar fome. A crise do país agravou com a volta do regime talibã, a 15 de agosto.
A agência de notícias britânica refere ainda que o secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que concordasse com isenções ou mecanismos para colocar dinheiro no Afeganistão. Por sua vez, o FMI impediu ao governo talibã o acesso a cerca de 440 milhões de dólares (378 milhões de euros) em novas reservas de emergência.
Para agravar a situação, parte dos dez mil milhões de dólares (cerca de oito mil milhões de euros) do banco central afegão em ativos no exterior foram também congelados, a maior parte nos Estados Unidos da América (EUA). O Tesouro dos EUA indicou que não há planos para liberar esse dinheiro.
Um funcionário sénior da ONU informou igualmente a “Reuters”, sob anonimato, que são essenciais soluções políticas no Afeganistão, tendo mencionado o alívio de sanções e sugerido que governos e instituições liberassem milhões de dólares em ativos afegãos mantidos no exterior.
Desde que os EUA deixaram de doar dinheiro ao Afeganistão, após a tomada de posse dos talibãs, que a ONU tenta preencher essa lacuna e ajudar a ultrapassar as dificuldades que o povo afegão enfrenta, mas existem obstáculos para chegar a esse fim. O funcionário da ONU sugere a utilização do Banco Internacional do Afeganistão, apesar de admitir que a organização internacional está ciente de que as opções apresentadas não vão funcionar e que serão necessários outros meios para fazer chegar fundos monetários ao Afeganistão.