A Comissão Económica para os Estados da África Ocidental (CEDEAO) comunicou que não encomendou um lote do medicamento chamado Covid-Organics (CVO).
A CEDEAO e sua instituição de saúde especializada, a Organização de Saúde da África Ocidental (OOAS), informou que “nunca encomendaram o medicamento“.
”Também gostaríamos de indicar que, dentro da estrutura do seu mandato, que é garantir a salvaguarda e a melhoria da saúde das populações da região, a OMS continua comprometida com a promoção de práticas e produtos da medicina tradicional racional na região da CEDEAO e trabalha de forma consistente há anos com os Estados-Membros no contexto de estudos científicos sobre medicamentos à base de plantas cuja eficácia está comprovada», acrescenta a instituição sub-regional.
A organização garante que esses produtos estão documentados na Farmacopeia de Medicamentos Tradicionais da CEDEAO, cuja segunda edição será publicada nas próximas semanas.
A CEDEAO e a OOAS afirmam estar cientes de que muitas declarações foram feitas em diferentes partes do mundo alegando ter encontrado a cura para o Covid-19. No entanto, salvaguardam que “Só podemos apoiar produtos que demonstraram ser eficazes em estudos científicos. É por isso que a OOAS colabora com parceiros relevantes, em particular a OMS, o Centro Africano de Controle de Doenças (África CDC), bem como com consórcios nacionais, regionais e internacionais de investigação, para promover a investigação de uma cura para a doença”.
A CEDEAO e a sua instituição de saúde especializada garantem que estão a trabalhar com os Estados membros em alguns dos medicamentos disponíveis para ensaios clínicos e para utilização em certos casos graves.
No momento, de acordo com a CEDEAO, “vários centros de excelência em medicina tradicional da sub-região também estão a realizar estudos sobre produtos de potencial eficácia”.
Na semana passada, o presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, convencido da eficácia da Covid-Organics, doou o remédio do coronavírus aos países da CEDEAO.