O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, defendeu a Organização Mundial da Saúde (OMS) na quarta-feira contra os ataques do presidente dos EUA, Donald Trump, que denunciou a sua gestão do novo coronavírus e ameaçou suspender a contribuição americana.
“Fico surpreendido ao saber que o governo dos Estados Unidos está a fazer campanha contra os líderes mundiais da OMS“, escreveu Faki na sua conta no Twitter, acrescentando que a UA “apoia totalmente” o diretor geral da OMS, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Na terça-feira passada, durante o briefing diário na Casa Branca, Trump mostrou-se indignado com a OMS, que considera muito próximo de Pequim.
“Tudo parece muito favorável à China, não é aceitável“, declarou, ameaçando encerrar os financiamentos dos EUA à OMS, dos quais o país é o principal contribuinte.
“Não estou a dizer que farei isso, mas vamos examinar essa possibilidade“, afirmou.
Trump criticou particularmente a decisão da OMS de se manifestar contra o encerramento de fronteiras para pessoas da China no início da epidemia.
Na sua mensagem no Twitter na quarta-feira, Faki pediu mais cooperação internacional para lidar com o coronavírus. “A atenção deve permanecer no combate coletivo ao Covid-19, como uma comunidade global unida“, acrescentou, “Chegará a hora da prestação de contas” mais tarde.