Economia europeia pode sofrer alterações após morte da Rainha de Inglaterra, aponta especialista brasileiro em finanças

Após o anúncio da morte da Rainha Isabel II, no dia 8 de setembro, muitas questões ficaram por esclarecer. E algumas dúvidas surgiram.

A monarca tinha 96 anos de idade e esteve durante 70 anos como rainha de Inglaterra. Agora, o seu filho assume o trono sob a designação de Carlos III. A informação da morte e o novo reinado foram confirmados pelos canais oficiais da família real britânica.

Apesar da comoção pública, é preciso entender os possíveis impactos da mudança no comando do Reino Unido para a economia europeia. Em entrevista à E-Global, André Janeiro Dias, especialista em finanças, comentou quais pontos a ter maior relevância neste novo cenário.

“A princípio não muda muita coisa, porque a equipa económica deve permanecer a mesma que atualmente luta contra a inflação na Europa, que, atualmente, ronda os 10% e que pode chegar até aos 15%”, disse André Dias.

Ainda de acordo com este responsável, o que pesa muito para o país é o luto. Além disso, no próximo mês, a expetativa é a de que possamos ter aumento na energia elétrica no velho mundo.

“Outro grande vilão dos preços no Reino Unido hoje são os alimentos. Temos ainda o facto da Rússia ter cortado o envio de gás para a Europa. Enfim, é um ano difícil, muito impactado pela guerra e, possivelmente, devemos ter o euro a perder ainda mais valor frente ao dólar”, avaliou André.

Sublinhou ainda que o momento agora é de “procurar diversificar os investimentos da carteira, ou seja, investir em Renda Fixa, Fundos Imobiliários, Ações, Dólar em percentagem adequada que combine com o perfil do investidor conservador, moderado ou agressivo”.

“Manter a diversificação no ramo dos investimentos irá proteger o património”, reforçou André, que conta com mais de dez anos de experiência no setor bancário internacional e mais de 15 anos de atuação em ambiente de bolsas de valores.

Ígor Lopes

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