Três suspeitos de terrorismo de origem iraquiana, titulares de passaportes britânicos, foram presos no norte da Grécia, perto da fronteira com a Turquia.
Foram detidos por posse ilegal de grande número de armas de fogo e munições e são suspeitos de participar em organizações criminais e em atos de terrorismo, segundo as autoridades gregas.
Os meios de comunicação social locais, citando fontes policiais, informaram terem sido apreendidas duas dezenas de armas de fogo e de mais de 240000 munições. Na sequência de troca de informações com outras autoridades europeias sobre as suas identidades, as autoridades gregas acreditam que são curdos iraquianos pretendiam vender as armas e as munições no norte do Iraque, informou a agência de notícias nacional grega AMNA, citando fontes de inteligência nacionais gregas.
Dois dos suspeitos, com idades entre os 35 e os 36 anos, foram detidos no sábado depois de oficiais da Guarda Costeira descobrirem 18 armas de fogo e cerca de 40000 munições no seu carro, no porto de Alexandroupolis, de acordo com um comunicado de imprensa da Guarda Costeira.
O terceiro suspeito, de 40 anos, foi preso perto da fronteira com a Turquia, quando a polícia encontrou na sua posse quatro armas de fogo e cerca de 200000 munições, de acordo com um comunicado de imprensa.
Os três suspeitos não têm antecedentes criminais, ficaram hospedados num hotel em Alexandroupolis por oito dias, e iam entregar o carregamento, que se suspeita ter origem na Alemanha ou na Áustria, na região fronteiriça turco-iraquiana, segundo fontes policiais gregas.
Dentro de uma semana serão formalmente acusados de participação numa organização criminosa, atividades terroristas, posse ilegal e transferência de armas de fogo, segundo o comunicado de imprensa.
Há três semanas, na mesma região, a polícia grega deteve dois suspeitos jihadistas com passaportes suecos. Os dois homens, um bósnio de 30 anos, e um iemenita de 20 anos, foram detidos na estação central de autocarros de Alexandroupolis, quando a polícia descobriu facas nas suas bagagens. Após troca de informações com outras autoridades europeias, foi revelado que o suspeito bósnio tinha sido condenado em 2005 na Bósnia a 15 anos de prisão por planear um ataque à embaixada dos Estados Unidos da América no país, em nome de um grupo ligado à Al Qaeda.
Foi libertado em 2011 e pediu asilo político na Suécia.