A França terá pedido às forças iraquianas para perseguirem e eliminarem jihadistas de nacionalidade francesa, a combater nas fileiras da organização terrorista Estado Islâmico em Mossul no Iraque. Uma prática que se tornou banal entre os países da coligação que colaboram entre si na “neutralização”, ou seja, na eliminação física, dos seus nacionais por países terceiros a fim de evitarem serem acusados de execuções extrajudiciárias.
Segundo Wall Street Journal (WSJ), apoiado em fontes iraquianas, as forças especiais francesas forneceram aos responsáveis do contraterrorismo iraquiano uma lista com 27 nomes de jihadistas franceses, a fim que estes sejam “neutralizados”.
O objetivo é impedir que nacionais franceses, tal como de outros países francófonos, particularmente da Bélgica, a combaterem pelo Estado Islâmico, regressem aos seus países de origem para aí cometerem atentados, refere o WSJ que conclui que as forças especiais francesas estão a subcontratar iraquianos para a eliminação física de jihadistas franceses, logo que a identidade e localização destes seja confirmada.
Um informação que o porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas francesas recusou comentar, mas que o porta-voz do governo francês, Christophe Castaner, optou por lembrar que “todos os combatentes que integram o Daesh e que vão para o estrangeiro fazer a fazer a guerra (…) correm grandes riscos, eles que assumam os seus riscos”.