Nove países da União Europeia (UE), entre eles Espanha e Portugal, criaram na segunda-feira, a Iniciativa Europeia de Intervenção. A medida é uma iniciativa da França e o grupo será capaz de realizar rapidamente uma operação militar, uma retirada de um país em guerra ou dar ajuda em caso de catástrofes.
“Queremos desenvolver uma cooperação entre países politicamente voluntários e militarmente capazes de intervir se for necessário”, explicou a ministra francesa dos Exércitos, Florence Parly, em Luxemburgo, após a assinatura do documento de compromisso.
Além da França, assinaram o acordo Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Estónia, Portugal, Espanha e Reino Unido, que deve deixar a UE em março de 2019. Os restantes países do bloco poderão aderir.
Em declarações por telefone ao Observador, o ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, precisou que “A Iniciativa Europeia de Intervenção vai desenvolver uma doutrina operacional, através do diálogo ao nível do Estado-Maior, para que os países europeus possam lidar mais facilmente com situações como missões de salvamento e recuperação de cidadãos em regiões fora da Europa ou mesmo crises humanitárias”, acrescentou, sublinhando que apesar do nome, apesar de reunir estruturas militares, “não serve para fazer intervenções militares”.
Na passada sexta-feira a liderança da NATO, Jens Stoltenberg, afastou a possibilidade de que a iniciativa europeia venha a concorrer com a aliança. Segundo o responsável, a iniciativa será complementar à NATO.