O Presidente da Ucrânia discursou esta quarta-feira, 20 de setembro, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Volodymyr Zelensky proferiu duas propostas para o fim da guerra no seu país, iniciada pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022.
“Primeiro: a retirada total de todas as tropas e formações militares russas, incluindo a Frota Russa do Mar Negro ou o que quer que tenha restado dela durante a guerra, e a retirada de todos os mercenários russos e formações quase militares de todo o território soberano da Ucrânia dentro das nossas fronteiras internacionalmente reconhecidas de 1991”, começou por dizer.
“Segundo: a devolução total à Ucrânia do controlo efetivo de todo o nosso território e da zona económica exclusiva nos mares Negro e Azov, bem como do estreito de Kerch. Só o cumprimento destes dois pontos resultará numa cessação justa, credível e completa das hostilidades”, acrescentou.
O governante ucraniano deixou ainda duras críticas à ONU. “Os soldados ucranianos estão agora a fazer com o seu sangue o que o Conselho de Segurança das Nações Unidas deveria fazer com os seus votos: impedir a agressão e defender os princípios da Carta das Nações Unidas”, mencionou.
Zelensky disse considerar a ONU ineficaz. “Temos de o admitir: a organização está num beco sem saída no que diz respeito à agressão. A Humanidade já não deposita as suas esperanças na ONU quando se trata de proteger as fronteiras soberanas das nações. Mas eu não estaria aqui hoje se a Ucrânia não tivesse propostas de solução”, frisou.
“Todos no mundo podem ver o que torna a ONU ineficaz. Neste lugar do Conselho de Segurança, que a Rússia ocupa ilegalmente através de manipulações de bastidores após o colapso da União Soviética, há mentirosos cujo trabalho é justificar a agressão e o genocídio da Rússia”, concluiu.