O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reafirmou nesta terça-feira, 06 de dezembro, a sua recusa em assinar um acordo de paz com a Rússia. Isto porque acredita que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, vai acabar por violar o compromisso.
Zelensky deu o exemplo do Memorando de Budapeste de 1994, altura em que a Ucrânia renunciou a ficar com armas nucleares da extinta União Soviética em troca de o Estado russo respeitar a soberania e o território ucraniano.
De acordo com o governante, citado pela “Lusa”, a assinatura desse tratado “dá resposta a muitas das questões atuais” sobre a Rússia, motivo que leva a Ucrânia a reiterar a sua recusa em “assinar algo com esses terroristas”.
Acresce o facto de o Kremlin continuar a mandar mísseis russos para a Ucrânia, o que tem afetado instalações de infraestrutura de energia e forçado a empresa estatal Ukrenergo a realizar cortes de energia de emergência.
“Com o ataque de mísseis, a Rússia marcou outro aniversário da assinatura do Memorando de Budapeste. Um documento cujo destino fornece respostas para muitas das questões atuais sobre a Rússia. Assinar algo com esses terroristas não traz a paz”, concluiu Zelensky na mensagem diária à população do país.
Para o dirigente, “ceder quaisquer elementos de segurança à Rússia significará uma nova guerra (…). Só a libertação de toda a nossa terra e levar os assassinos à justiça pode trazer a paz”.