A Frente de Libertação Nacional (FLN), partido no poder desde a independência da Argélia, e o seu aliado, Reagrupamento Nacional Democrático (RND), venceram sem surpresa as eleições legislativas no país, que decorreram esta quinta-feira.
O FLN garantiu 164 lugares na Assembleia, enquanto o RND fica com 97. Os partidos próximos dos islamistas não conseguiram atingir os seus objetivos, tendo o Movimento da Sociedade pela Paz (MSP) obtido apenas 33 lugares no hemiciclo.
Para os observadores, o grande desafio das autoridades argelinas foi mobilizar os eleitores, que no entanto não responderam ao apelo, tendo a abstenção atingido novos recordes. O ministro do Interior, Nourredine Bedoui, reconheceu que a participação nas eleições foi de apenas 38,25%.
A marcar estas eleições foi a aparição pública do presidente Abdelaziz Bouteflika que, muito fragilizado fisicamente, foi votar numa cadeira de rodas.