A União Nacional Toubou celebra esta quinta-feira (09.02) 11 anos da sua criação. O responsável da organização, Adam Arami, lembra que União Nacional Toubou mantém-se determinada “no caminho da transformação democrática, apesar de a via política ter ignorado a vontade da população”.
Num documento difundido pela União Nacional Toubou, relativo à efeméride, Adam Arami incita a sociedade Toubou a empenhar-se “com mais vigor ainda numa parceria que obre pelo futuro da Líbia”, como “um Estado civil, democrático, pluralista politicamente, culturalmente e etnicamente” que respeite os “direitos dos povos autóctones, tal como ficou estabelecido na Declaração universal dos Povos Autóctones rubricada em Setembro de 2007”.
“A Líbia tem ainda um longo caminho a percorrer contra o racismo e pela exclusão do ódio em todos os patamares do Estado”, denuncia Adam Arami que adianta “que é necessário que sejam tomadas as medidas e procedimentos em todos os ministérios para proteger os direitos dos Toubous” e “passar a aplicar o princípio da descriminação positiva” para que esta prática “contribua no processo político de reconciliação nacional”.
Adam Arami insiste também que é necessária a abertura de “uma investigação local e internacional” sobre os crimes cometidos contra os Toubous por os sucessivos governos de 1969 a 2021. “É fundamental expor a verdade para depois falar de reconciliação nacional e de paz”, vincou Adam Arami.