O julgamento de Saif al-Islam Khadafi, filho do ex-ditador líbio, que o condenou à morte ainda que em ausência, não esteve de acordo com os padrões internacionais e o julgamento deve ser repetido no Tribunal Penal Internacional, afirmou terça feira a ONU.
Desde a queda do seu pai Khadafi, em 2001, que Saif está preso em Zintam, uma zona montanhosa na parte ocidental do país, por uma das facções que luta pelo poder no país.
Saif foi condenado à morte em 2015 por um tribunal para crimes de guerra em Tripoli. No entanto, os militares em Zintam recusam-se a entregá-lo à justiça, afirmando que o Governo estabelecido na capital líbia poderá facilitar a fuga de Saif.
O relatório da ONU agora apresentado refere vários violações do processo, como falta de acesso a cuidados médico e a advogados, bem como investigações mal conduzidas. De acordo com o alto Comissário para os Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra’ad Al Hussein, o julgamento “foi uma oportunidade perdida para a justiça”.
O relatório pede ainda às autoridades líbias para garantir a entrega de Saif ao TPI, “em conformidade com as obrigações internacionais da Líbia”.