Um alto funcionário afegão do Ministério do Interior do Afeganistão declarou que um ataque terrorista que no mês passado matou seis diplomatas dos Emirados Árabes Unidos (EUA) em Kandahar foi planeado no Paquistão.
Quando os oficiais de inteligência afegãos, assistidos por investigadores internacionais, apuraram sobre o ataque terrorista, encontraram ligações com um escola religiosa conservadora no Paquistão. “O ataque foi planeado em Mawlawi Ahmad Madrassa em Chaman, Quetta”, disse Sediq Seddiqi, porta-voz do Ministério do Interior afegão.
A investigação incidiu sobre as ligações crescentes de algumas madrassas – escolas islâmicas – no Paquistão com talibãs afegãos que lutam contra o governo afegão e as forças internacionais lideradas pelos EUA no Afeganistão.
Uma das cinco vítimas do atentado foi o embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Afeganistão.
Os diplomatas pretendiam concluir uma série de projetos apoiados pelos Emirados Árabes Unidos como parte de um programa de ajuda no Afeganistão.
Os talibãs negam a responsabilidade do ataque alegando que o foi resultado de “rivalidade local interna”.
Trinta mil madrassas operam em todo o Paquistão, a maioria delas de forma legal e aderindo estritamente ao ensino religioso. Mas milhares destas escolas não estão registadas oficialmente e ensinam em terrenos e pontos de recrutamento para militantes e talibãs, segundo fontes oficiais paquistanesas e funcionários de inteligência afegãos.