As autoridades sauditas executaram na passada terça-feira mais dois condenados, elevando para 98 o número de execuções levadas a cabo neste reino ultra-conservador.
Em referencia à duas execuções, o ministro do interior precisou que um cidadão saudita, Ali Assiri, foi executado na região sudoeste de Asir por ter sido considerado culpado de esfaquear um homem pertencente à sua tribo. O paquistanês Mohammed Mokhtar foi também executado por tráfico de heroína em Dammam, confirmou o ministro.
A Arábia Saudita aplica pena de morte nos crimes de assassinato, tráfico de droga, assalto à mão armada, estupro e apostasia. A maior parte das execuções são feitas por decapitação com uma espada.
Não houve qualquer execução durante o mês do Ramadão que teve início no passado dia 6 de Junho. Contudo, as execuções recomeçaram no passado domingo.
A ONG defensora dos direitos humanos “Amnistia Internacional”, referiu que o país levou a cabo pelo menos 158 execuções no ano passado, tornando-se assim no terceiro país onde mais pessoas são executadas, depois do Irão e do Paquistão. A organização, sediada em Londres, diz ainda que o número de execuções da Arábia Saudita está mais elevado neste ano do que no mesmo período do ano passado.
O assassinato e o tráfico de drogas são as razões mais comuns nos casos de execução, embora 47 pessoas tenham sido condenadas à morte por “ofensas terroristas”, tal foi o destino reservado ao clérigo xiita, Nimr al-Nimr, cuja execução suscitou protestos iranianos nas missões diplomáticas sauditas, levando Riade a cortar relações com Teerão.