De acordo com declarações do Secretário de Defesa norte-americano, Ash Carter, e do presidente do Comando Conjunto das forças armadas, General Joseph Dunford, as forças multinacionais começaram a cortar as linhas de abastecimento e de comunicação em torno da cidade iraquiana de Mosul, ao mesmo tempo que prosseguem os ataques aéreos e terrestres com o objetivo de confinar e isolar os combatentes do Estado Islâmico (EI) tendo em vista o assalto final à cidade.
Mosul, no Iraque, e Raqqa, na Síria, são os dois centros nevrálgicos da estrutura do EI na região, pelo que o controlo de qualquer destas cidades significará um passo decisivo para o desmantelamento da sua capacidade operacional.
A estratégia norte-americana tem consistido em recorrer e preparar, ao longo dos últimos meses, milícias iraquianas, curdas e outras forças locais para levarem a cabo este trabalho no terreno. Com base na experiência com a recente tomada de Ramadi, também no Iraque, estes responsáveis norte-americanos reconhecem, todavia, que serão necessárias mais forças americanas no terreno para apoiar as milícias locais no assalto final a Mosul.
Segundo Dunford, as operações militares contra os combatentes do EI em Mosul estão numa fase mais adiantada do que em Raqqa, uma vez que a maioria dos alvos na região estão já confinados territorialmente e as forças multinacionais já instalaram no terreno os meios de ataque previstos.
Dunford acrescentou ainda que os líderes militares iraquianos já apresentaram os seus planos para o ataque final a Mosul ao General Sean MacFarland, o representante das forças armadas norte-americanas no Iraque, o qual prossegue agora a uma avaliação da necessidade de meios adicionais em articulação com o comando central, nos EUA.
Estas declarações surgem depois de, na segunda-feira, a CNN ter noticiado que o grupo de operações especiais do exército norte-americano Delta Force “iniciou um conjunto de operações em território iraquiano”, sem acrescentar mais detalhes. Estas ‘operações’ vêm juntar-se a outras que têm vindo a serem levadas a cabo pelo Comando Conjunto de Operações Especiais, com o objetivo de sabotar o sistema de comunicações do EI, eliminar altos dirigentes do EI e auxiliar a progressão das milícias locais, como aconteceu recentemente com a tomada da cidade de al-Shadadi, já nas imediações de Mosul.