A organização terrorista Estado Islâmico, que se opunham ao envolvimento de mulheres em acções combativas, excepto nas operações suicidas, está a alterar o seu discurso de propaganda a fim de “atrair” e empenhar mulheres em grupos na frente de combate, concluíram vários analistas.
A mudança de estratégia é resultado da multiplicação das derrotas militares do Estado Islâmico na Síria e Iraque que tem resultado na morte de milhares de jihadistas. Por outro lado, a sucessivas investidas terrestres das forças da coligação provocou uma quebra muito significativa na chegada de novos jihadistas para as fileiras da organização terrorista que assiste também a uma sangria dos seus combatentes estrangeiros que abandonam as armas e regressam aos seus países de origem.
A mudança da retórica do Estado Islâmico é mais um indício do “desespero estratégico” da organização terrorista que é forçada a adulterar a sua doutrina e a adaptar a um contexto belicista. A mulher deixa assim a sua função primária, patente nas propagandas precedentes, de “esposa e mãe de mujahidin” para passar a combatente no terreno, uma missão que a organização terrorista reservara apenas aos homens.