Os rebeldes iemenitas raptaram doze funcionários locais que trabalham para o Conselho Norueguês para os Refugiados, no distrito de Hodeida no Mar Vermelho, segundo um ministro e fontes locais, por alegadamente terem distribuído ajuda de uma coligação saudita, que tem lutado contra os rebeldes Huthis desde março de 2015.
Os 12 funcionários foram raptados dos escritórios do grupo de ajuda no distrito de Hali, em Hodeida, na semana passada, declarou o ministro de Assuntos Locais, Abdul Raqib Fattah, num comunicado divulgado pelo site de notícias sabanew.net.
O conflito do Iémene opõe uma coligação árabe liderada pela Arábia Saudita que apoia o presidente Abedrabbo Mansour Hadi, contra os Huthis, que atualmente controla o porto do Mar Vermelho de Hodeida assim como a capital Sanaa e grande parte do norte do Iémene.
Esta notícia surge numa altura em que as forças leais a Hadi, apoiado pela coligação árabe, tentam fixar-se em Hodeida, localizada na costa ocidental do Iémene.
Forças leais ao governo tomaram o controlo total de Mokha, ao sul de Hodeida, no início de fevereiro, como parte de uma grande ofensiva para expulsar os huthis e os seus aliados da costa sudoeste do Iémene.
O conflito do Iémene aumentou em março de 2015, quando a coligação liderada pelos sauditas começou com ataques aéreos para ajudar as forças leais a Hadi a retirar os rebeldes de grande parte do país, tem feito mais de 7.400 mortos e cerca de 40.000 feridas em dois anos de combates, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
O coordenador humanitário da ONU para o Iémene, James McGoldrick, disse em janeiro que mais de 10 mil civis foram mortos desde 2015.