A ala reformista, liderada pelo atual presidente Rouhani e pelo ex-presidente Rafsanjani, viram a sua influência reforçada no principal orgão político iraniano: a ‘assembleia de peritos’, orgão que durante os próximos oito anos vai assessorar a principal autoridade do pais, o Ayatolah Ali Khomeney, e conduzir o processo da sua sucessão em caso de morte.
A coligação reformista conseguiu 59% do total de 88 assentos da ‘assembleia de peritos’ e os seus principais opositores, Mohammad Yazdi e Meshab-Yazdi sofreram pesadas derrotas ao não conseguirem serem eleitos.
Ahmad Jannati, outra proeminente figura da ala conservadora e que é o atual líder do ‘Conselho dos Guardiães’, orgão ao qual compete a ratificação e divulgação dos resultados das eleições parlamentares e para a ‘assembleia de peritos’ que decorreram em simultâneo durante o último fim de semana, conseguiu ser eleito in extremis, ao classificar-se no 16º e último lugar da lista de eleitos pelos círculo eleitoral de Teerão.
Rafsanjani e Rouhani conseguiram o primeiro e o terceiro lugar, respetivamente, na mesma lista.
A coligação ‘Lista da Esperança’, apoiada pelo atual presidente Rouhani, venceu também todos os 30 lugares em disputa pelo círculo de Teerão para a assembleia nacional, ao passo que o líder da lista opositora, Gholam Adel, classificado em 31º lugar ficou fora do novo parlamento.
Até ao momento, estão apurados 135 dos 260 assentos no parlamento, cabendo 38 aos conservadores, 30 aos reformistas e 36 a independentes, dos quais 16 são aliados dos conservadores, 13 simpatizantes dos reformistas e os restantes sem filiação assumida. Os restantes 31 assentos escrutinados não têm ainda vencedor atribuído pelo que, provavelmente, serão necessárias novas votações que, a terem lugar, ocorrerão em abril ou maio.