O Koweit e o Qatar foram os últimos países a emitirem, hoje, um aviso aos viajantes para evitarem o Líbano por razões de segurança.
Antes do Koweit, já, ontem, a Arábia Saudita, o Bahrein e os Emiratos Árabes Unidos tinham emitido alertas semelhantes, que exortavam ainda os seus concidadãos a abandonarem o país.
Esta posição conjunta dos países sunitas do Golfo traduz um escalar de tensões contra o Líbano e a crescente influência xiita do Hezbullah e do Irão no processo político neste país.
Os últimos desenvolvimentos no processo eleitoral que deverão conduzir Michael Aoun, católico maronita aliado político do Hezbullah, à presidência da República, a juntar à atual maioria xiita no Parlamento e no governo colocam o Líbano no radar dos aliados sunitas no delicado contexto da guerra em curso no Médio Oriente.
Com este aviso dirigido ao Líbano, a Arábia Saudita e os seus aliados dão o país como perdido para a esfera de influência xiita e preparam-se para abandonar o seu apoio tradicional às Forças Armadas libanesas, ao mesmo tempo que abrem caminho para posicionamentos mais duros no médio-prazo, quiçá relacionados com o desenvolvimento do conflito na Síria.