A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a vulnerabilidade dos povos indígenas na pandemia do COVID-19.
Em conferência de imprensa na segunda-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, disse que os povos indígenas do mundo estão sob alto risco de contrair a doença devido aos desafios que enfrentam nas suas vidas.
Nesse sentido, Tedros enumerou que “Isso inclui falta de representação política, marginalização económica e falta de acesso à saúde, educação e serviços sociais”, disse.
“Os povos indígenas costumam ter um alto fardo de pobreza, desemprego, desnutrição e doenças transmissíveis e não transmissíveis, tornando-os mais vulneráveis ao COVID-19 e às suas graves consequências”, continuou.
O alerta ocorre quando as infeções por COVID-19 no mundo ultrapassam 14,5 milhões, com um número de mortes acima de 606.000. A informação é dada pela Universidade Johns Hopkins, com sede nos EUA.
Tedros observou que, em 6 de julho, mais de 70.000 casos tinham sido relatados entre povos indígenas nas Américas e mais de 2.000 mortes.
As Américas continuam a ser o epicentro atual do surto, tendo registado mais de 7,8 milhões de infeções e mais de 314.000 mortes.
Nas suas declarações, Tedros também pediu aos países que não esperem uma vacina, mas combatam a doença com os meios atualmente à sua disposição.
“Com forte liderança, envolvimento da comunidade e uma estratégia abrangente para suprimir a transmissão e salvar vidas, o COVID-19 pode ser interrompido”, enfatizou.