A Organização das Nações Unidas (ONU) disponibilizou 25 milhões de dólares do Fundo de Emergência da ONU para apoiar organizações lideradas por mulheres que previnem e respondem à violência de género em ambientes humanitários.
O chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, disse que o financiamento já foi enviado ao Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e à ONU Mulheres.
As duas organizações foram solicitadas a canalizar pelo menos 30 por cento do dinheiro para organizações lideradas por mulheres que previnem a violência contra mulheres e meninas e ajudam as vítimas e sobreviventes a ter acesso a cuidados médicos, planeamento familiar, aconselhamento jurídico, espaços seguros, serviços de saúde mental e aconselhamento.
Lowcock destacou em comunicado que a pandemia Covid-19 revelou toda a extensão da desigualdade de género ao criar um conjunto de circunstâncias que ameaçam reverter o progresso que foi feito.
“Todos que levam a sério a igualdade de género e os direitos das mulheres, devem se manifestar. Então, aqueles que têm os meios para fazê-lo precisam colocar o seu dinheiro onde é preciso. As necessidades de mulheres e meninas em contextos humanitários continuam a ser negligenciadas e sem recursos”, declarou.
O anúncio foi feito quando o mundo assinalou 16 dias de ativismo contra a violência de género, uma campanha internacional para desafiar a violência contra mulheres e meninas, que acontece todos os anos de 25 de novembro a 10 de dezembro.
O UNFPA receberá17 milhões de dólares com 8 milhões destinados à ONU Mulheres. As duas organizações decidirão então onde e como o dinheiro será utilizado.
O financiamento vem do Fundo Central de Resposta a Emergências das Nações Unidas (CERF), um fundo de emergência que oferece uma das maneiras mais rápidas e eficazes de ajudar as pessoas afetadas por crises.
Desde que foi criado em 2005, o fundo forneceu cerca de 7 mil milhões de dólares para ações humanitárias que salvaram vidas e ajudaram centenas de milhões de pessoas em mais de 100 países e territórios.
O financiamento da ONU chega num momento em que os casos de VBG aumentaram tremendamente em todo o mundo na sequência da pandemia COVID-19.