A Frente pela Alternância e a Concórdia no Chade (FACT, na sigla francesa) acusou, através de um comunicado, o que define como “as milícias no poder” de “executarem sumariamente” combatentes da organização que foram “constituídos prisioneiros de guerra” e exige um “inquérito internacional independente sobre o destino destes prisioneiros”.
No mesmo documento, assinado por Kingabé Ogouzeïmi de Tapol, a FACT acusa também a força aérea das tropas francesas da operação Barkhane de, desde 11 de Abril de 2021, “estar ao serviço do regime ditatorial de N’Djamena”.
“Esta aviação sobrevoa dia e noite a posição das nossas forças de resistência nacional e fornece informações militares à junta no poder em N’Djamena”, refere a FACT. “Informações relativas às movimentações das nossas tropas são comunicadas em tempo real à junta no poder pelo comando da missão Barkhane instalada em N’Djamena”, precisa a organização que acusa a França de “ingerência nos assuntos chado-chadianos”.
A 29 de Abril a FACT anunciara ter abatido um helicóptero das forças armadas chadianas quando o aparelho procedia ao bombardeamento de posições da organização na região Norte-Kanem . As autoridades em N’Djamena reconheceram a queda do aparelho, alegando ter sido resultado de uma avaria.
Na mesma ocasião a FACT alertara que “não aceitará mais o sobrevoo das suas posições e localidades que estão sob o seu controlo” e que a sua “defesa antiaérea está pronta para todos os ataques” considerando que qualquer aparelho que sobrevoe as suas posições como um “elemento hostil” que “será abatido sem aviso prévio”.